
A importância de deixar ir
Quando estava envolvida no mundo empresarial, sempre que tinha um objetivo a atingir, era uma preocupação constante, prazos a cumprir, stress incessante e tudo tinha de estar sempre perfeito!
Procurava desesperadamente ter sucesso e ser reconhecida como uma boa profissional, mas tinha a sensação que quanto mais tentava, mais esse reconhecimento se afastava de mim.
O meu foco e atenção estavam sempre direcionados para o futuro e não dava atenção nenhuma ao que se passava no presente.
Não tinha consciência dos meus pensamentos, sentimentos e do que se passava à minha volta. Esse facto, fazia com que não estivesse bem comigo própria nem com os outros.
Não me aceitava a mim, tal como era, nem a situação em que estava sem perspetivas de evolução.
Até que um dia tive um esgotamento e tive de tirar uns dias de baixa, por recomendação médica.
Foi nesse período de pausa que me questionei. Porque é que as coisas não me correm bem? Tinha de haver outra solução!
Comecei a ler livros sobre desenvolvimento pessoal e, num dia em conversa com uma amiga, dei-me conta de algumas situações que me estavam a bloquear. Isso fez-me chegar a três conclusões.
1. O meu foco tem de estar no presente, pois é no presente que reside o meu poder.
O passado já não está aqui e não pode ser alterado. O futuro ainda está para vir. Logo tenho de me concentrar no momento presente, neste instante!
É neste momento que eu tenho o poder de escolher os meus pensamentos e as minhas ações, que por sua vez vão influenciar o meu futuro. É neste instante que reside o meu poder de mudar!
Percebi que os meus pensamentos e ações até então tinham estado a limitar a minha vida e foi com esta consciencialização que comecei a mudá-los para um padrão positivo.
2. Quanto mais me preocupo em obter algo, mais isso foge de mim.
Aqui não estou a falar em focar-me nos meus objetivos, mas sim em estar constantemente preocupada e ansiosa com isso.
O preocupar constante faz aumentar o cortisol (a hormona do stress), comprometendo a saúde física, mental e emocional. É óbvio que assim estava a criar o cenário perfeito para que as coisas não corressem bem.
A ansiedade estava a funcionar como uma barreira que impedia que a minha vida fluísse com naturalidade.
3. Quando pratico a autoaceitação o que mais desejo vem até mim.
Isto também é verdade no sentido em que não posso desesperar, só porque a minha vida é diferente daquela que eu idealizei. A partir do momento em que aceito a minha vida tal como ela é, tenho mais facilidade em atingir os objetivos a que me propus.
Eu não estava conformada com a minha situação, logo acabava por não estar bem comigo própria, não me aceitando plenamente, criando resistências a novos acontecimentos entrarem na minha vida.
Quase sem me dar conta eu comecei a afirmar: Eu aceito a minha vida tal como ela é agora! Tenho em mim todas as capacidades para ser bem-sucedida!
Estava a “deixar ir”. Deixar ir, no sentido de me aceitar, de relaxar, de me focar em mim e de escolher ser mais otimista.
Quando voltei ao trabalho, as mudanças começaram a acontecer aos poucos. O nível de stress baixou e as pessoas começaram a olhar para mim de maneira diferente. Eu tinha uma nova energia e isso refletiu-se na minha saúde física e emocional e na minha produtividade.
Passado pouco tempo, fui recrutada por outra empresa onde me foram dadas novas oportunidades de evolução e de crescimento. Senti-me uma nova mulher, mais feliz e mais realizada!
É com este deixar ir que as coisas que mais desejo acabam por vir até mim com mais facilidade.
Por isso, a mensagem que te deixo é: aceita-te, valoriza-te e deixa ir!
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